Mais do que uma empresa, uma história real.
Somos uma doceria, a Laura gosta de dizer.
A definição combina com o refrão que é a missão e a prática diária do Doce de Laura:
“Fazer o seu dia mais doce”.
Era a Laura quem garantia os domingos doces para a turma em casa desde pequena.
Assumia a cozinha e preparava mil sobremesas caprichadas com a Nana, sua babá, do ladinho, assistindo a minidoceira. Quando chegou a hora de escolher a faculdade, fez o X na Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a UFRGS, e passou nos primeiros lugares — era a gênia da matemática e finanças. Seguiu com a tradição dos doces domingueiros em casa e percebeu que ali reunia seu dom e sua habilidade: calcular ingredientes e criar receitas. Então, foi estudar Hotelaria na Escola da UCS – Universidade de Caxias do Sul (RS), instalada em Canela, na Serra Gaúcha, para concretizar o plano que tinha em mente.
Laura Estima graduou-se hoteleira e tornou-se uma doceira quando abriu as portas da sua Doce de Laura na Vila Madalena, em 1993, em São Paulo, no Beco que ainda não era do Batman. O cardápio já nascia com os sucessos até hoje: a Torta de Sorvete, a Cheesecake, a Torta de Limão, o Pudim de Claras, a Torta Pecan, a torta Romeu e Julieta, com goiabas frescas e quindins. As tortas salgadas logo se tornaram os mais pedidos da doceria — de frango, de camarão, palmito, as quiches, a torta de cebola e a de bacalhau.
Mudou endereço, aumentaram os sabores, os lugares para sentar, cresceu a presença dos bolos, doces e tortas — as salgadas também —, as delicias de Laura que acompanham os momentos das famílias, as festas, as celebrações, os encontros, o cotidiano que pede um sabor especial. Crianças que iam pequenas hoje levam os filhos; os jovens trazem os avós, quem os apresentou para a Laura e o desejado balcão com biscoitos e tortinhas...
São 30 anos!
O que não muda é esse desejo da Laura, que foi um plano da sua juventude, de tornar o dia mais doce — todos os dias, de todo mundo.
Por Luiza Estima, irmã, jornalista e escritora.